Boletim Informativo 157 | Abril 2017

Comissão Especializada das Atividades Culturais - Programa de eventos em abril

 

INTRODUÇÃO AOS PASSEIOS PELA COLINA DO CASTELO DE SÃO JORGE
As águas das chuvas que caem na Colina do Castelo de São Jorge têm destinos diferentes. Umas são recolhidas em cisternas, outras escoam superficialmente pois não encontram locais para se infiltrarem, outras seguem um percurso subterrâneo vindo a dar lugar a nascentes logo aproveitadas pela população para abastecimento público e outras ainda com uma trajectória subterrânea mais profunda vindo a exsurgir em nascentes com uma temperatura e composição química que as tornam indicadas para uso terapêutico.

PASSEIO 1 | 1 DE ABRIL| nº de assistentes: 35

DAS CISTERNAS ÀS NASCENTES: UM PASSEIO PELAS ÁGUAS DE ALFAMA 

ROTEIRO:
1 Saída: MIRADOURO DE SANTA LUZIA
2 CISTERNAS DO CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS
3 CISTERNA DA FUNDAÇÃO RICARDO DO ESPÍRITO SANTO SILVA
4 CHAFARIZES D’EL REI E DE DENTRO 
5 ALCAÇARIAS DO DR FERNANDO, DA D. CLARA, DO BAPTISTA E DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
6 ALCAÇARIAS DO DUQUE
7 LARGO DAS ALCAÇARIAS E BECO DOS CURTUMES
8 FONTE DAS RATAS
9 CISTERNA DO MUSEU DO FADO 

Sendo possuidora das águas mais mineralizadas da cidade de Lisboa, Alfama foi durante séculos, referência obrigatória em cartas, relatos de viagem ou estudos. À sua qualidade, abundância e temperatura não foi estranho o povo árabe que aí viveu, ao atribuir à zona o único nome possível – Al-hama, sinónimo de fonte de água quente ou nascente termal. As termas mais antigas da cidade remontam ao domínio romano, no entanto estas nascentes aproveitadas para banhos atingiram notoriedade a partir do século XVIII, quando a terapêutica das águas motivou o interesse de estudiosos e médicos, o que conduziu a uma renovação de todas as alcaçarias, cada vez mais transformadas em banhos de acordo com as novas tendências da medicina da época. As águas que brotavam em Lisboa e suas imediações apresentavam origens diversas: Aluviais, Terciárias, Artesianas, Basálticas e Cretácicas.

 

Alfama sempre foi auto-sustentada do ponto de vista do abastecimento de água, pois ali brotavam inúmeras nascentes cujas águas eram conduzidas até aos chafarizes onde a população se ia abastecer. Apenas a partir da primeira metade do século XX é que Alfama deixou de ser abastecida pela água dos seus chafarizes, pois esta começou a apresentar sinais de má qualidade passando o seu abastecimento a ser assegurado pela Companhia de Águas de Lisboa.

 

PASSEIO 2 | 8 de abril | nº de assistentes: 45

 

DAS ÁGUAS INVISÍVEIS DA MOURARIA

 

ROTEIRO :
0 Saída: LARGO DA GRAÇA
1 CISTERNA DOS CLAUSTROS DO CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA
2 CISTERNA DA IGREJA DE SÃO VICENTE DE FORA
3 RESERVATÓRIO DA VERÓNICA
4 POÇO
5 MINA

Como uma mancha que se espalha por entre o vale do Martim Moniz e as colinas da Graça e do Castelo, ocupando as vertentes Norte e Poente dessa última colina, a Mouraria estende-se irregularmente por quatro freguesias: Socorro, Santa Justa, São Cristóvão/São Lourenço e Graça
As águas das chuvas que caem na Mouraria têm destinos diferentes. Umas são recolhidas em cisternas, outras escoam superficialmente em direcção ao eixo constituído pela Av. Almirante Reis e a Rua da Palma e outras ainda seguem um percurso subterrâneo, sendo captadas em poços ou minas pela população

SESSÃO DE CINEMA | 14 de abril | nº de assistentes: 25

Espaço Memória dos Exílios  Av. Marginal, 7152-A, Estoril

HIJA DE LA LAGUNA de Ernesto Damián (Peru, 2015)

Estreia em Portugal

Sinopse: Nelida, uma mulher dos Andes peruanos fala com os espíritos da água, usa os seus poderes para enfrentar uma  companhia mineira que ameaça destruir a lagoa que ela considera ser a sua mãe.
“Mama Yaku, en tus entrañas guardas oro. ¿Sabes para qué sacan tu oro? Para guardarlo otra vez en los bancos. El oro no se bebe. El oro no se come. Por el oro se derrama sangre. Si de tanta utilidad les hace el oro a los grandes y a los poderosos mándales a sacar de las reservas de sus bancos y que lo vuelvan a utilizar, pero a ti que te dejen en paz. Cuidándote bien, podrías alimentarnos para siempre.”
Apresentação e debate moderado por Luís Ribeiro

CONFERÊNCIA  4ª feira, 18 de abril | nº de assistentes: 20

Roca Gallery Praça dos Restauradores, Lisboa

Título: AS ÁGUAS (IN)VISÍVEIS DA COLINA DO CASTELO DE SÃO JORGE

Resumo
A água subterrânea sempre esteve presente no imaginário popular de Lisboa reflectida, quer nos inúmeros poços, minas e nascentes que aí existem, quer em locais que já desapareceram, mas que deixaram a sua marca indelével na toponímia local. É o caso da colina do Castelo de São Jorge que, pelas suas características topográficas, geológicas e hidrográficas, proporciona uma rede variada de escoamentos subterrâneos com zonas de recarga e descarga bem identificadas de que as nascentes hidrotermais em Alfama e as minas de Mouraria são exemplos paradigmáticos 

Todos os eventos organizados e coordenados por luís ribeiro

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