Menu:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Volume 37, Nº 2 - outubro 2016

 

Download (474KB, PDF)

 

 

  • Abstract / Resumo
  • References / Bibliografia
  • Citations / Citações

Revista Recursos Hídricos

DOI:10.5894/rh37n2-cti1
O texto deste artigo foi submetido para revisão e possível publicação em fevereiro de 2016, tendo sido aceite pela Comissão de Editores Científicos Associados em abril de 2016. Este artigo é parte integrante da Revista Recursos Hídricos, Vol. 37, Nº 2, 31-47, outubro de 2016.

Recursos econômicos-financeiros para a construção da governança dos recursos hídricos Insuficiências, assimetrias e opacidades na bacia hidrográfica do Rio das Velhas, Minas Gerais, Brasil

Economic and financial resources to build water governance. Weaknesses, imbalances and opacities in the Rio das Velhas watershed, Minas Gerais, Brazil

Hildelano Delanusse Theodoro1, Nilo de Oliveira Nascimento2, Léo Heller3


1 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - email: [email protected]
2 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - email: [email protected]
3 Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) - email: [email protected]


RESUMO
A construção de mecanismos de gestão de recursos hídricos baseada em preceitos econômico-financeiros ainda se encontra em processo de consolidação dentro das políticas públicas brasileiras e mineiras relacionadas ao tema. Neste sentido, o entendimento das principais temáticas e investimentos existentes nas determinações colocadas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBHRV) através do “Plano Plurianual de Aplicação”, gerenciado pela Agência de Bacia responsável (AGB Peixe Vivo), pode ser considerado relevante ao demonstrar as linhas de investimentos adotados na bacia. O artigo examina a aplicação de recursos econômicos e financeiros , oriundos principalmente da cobrança pelo uso de recursos hídricos, buscando identificar o ordenamento e progressão dos recursos investidose, consequentemente, compreender o próprio modelo de gestão por meio do comitê nessa dimensão. Como principais descobertas da pesquisa, foram evidenciadas assimetrias na aplicação dos investimentos públicos previstos, fortemente focados em ações estruturais, assim como lacunas institucionais em termos de necessidade de maior capacidade de atuação do poder municipal e também da participação social no acompanhamento nos processos institucionais competentes ao tema.  

Palavras-chave: Recursos econômico-financeiros, gestão de recursos hídricos, governança.

ABSTRACT
The construction of water resources management mechanisms based on economic and financial principles is still in consolidation within the Brazilian mining and public policies related to the theme. In this sense, the understanding of key issues and existing investments in determinations placed by the Watershed Committee of Rio das Velhas (CBHRV) through the “Multi-Year Plan of Implementation”, managed by the responsible Basin Agency (AGB Peixe Vivo), can be considered relevant to demonstrate the lines of investments adopted in the basin. The article examines the application of economic and financial resources, mainly from the charge for the use of water resources in order to identify the order and progression of investiments done, therefore, to understand the very model of management through the committee that dimension. The main findings of the research, application asymmetries were observed in the planned public investments, strongly focused on structural actions, as well as institutional gaps need for increased performance capabilities of municipal government as well as social participation in monitoring the relevant institutional processes to theme.

Keywords: Economic and financial investment, water resources management, governance.

 

ABERS, R. N. Água e Política: atores, instituições e poder nos Organismos Colegiados de Bacia Hidrográfica no Brasil. São Paulo: Annablume, 2010.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Atlas das Regiões Metropolitanas: abastecimento de água. Resumo Executivo. Brasília: ANA, 2009.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: informe 2013. Brasília: ANA, 2013.

BECK, U., GIDDENS, A, LASH, S. Modernização Reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Editora Unesp, 1997.

BECK, U. Critical theory of world risk society: a cosmopolitan vision. Constellations, Volume 16, nº 1, 2009.

BOUDON, R. Efeitos perversos e ordem social. Zahar Editores. Rio de Janeiro. 1979.

CAMARGOS, L. M. M. Plano diretor de recursos hídricos da bacia hidrográfica do Rio das Velhas: resumo executivo dezembro 2004. Instituto Mineiro de Gestão das Águas, 2005.

CAMPOS, C. J. G. Método de análise de conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 57, nº 5. 2004.

CAMPOS, M. V. C. V., RIBEIRO, M. M. R., VIEIRA, Z. M. C. L. A gestão de recursos hídricos subsidiada pelo uso de indicadores de sustentabilidade. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Volume 19, n. 2, abr/jun 2014.

CASTRO, J. E.. Water governance in the twentieth-first century. Ambiente & Sociedade. Vol X. No 2. Jul-Dez. 2007.

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Plano Plurianual de Aplicação (PPA) 2013-2014. Dezembro, 2012.

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Localização da bacia hidrográfica do Rio das Velhas em relação à bacia hidrográfica do Rio São Francisco, Minas e Belo Horizonte. Disponível em: http://www.cbhvelhas.org.br/index.php/more-about-joomla/a-bacia Acesso em: 01/10/2013.

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Deliberação Normativa 010 – Plano Plurianual de Aplicação 2015-2017. (2014). Disponível em: http://cbhvelhas.org.br/images/CBHVELHAS/
deliberacoes/DN_010_2014_Aprova%20PPA%20_2015_2017_CBH_
Rio_das_Velhas.pdf
. Acesso em: 22/04/2016.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNCÍPIOS (CNM). (2014) Disponível em: http://www.cnm.org.br/noticias/exibe/mais-de-96-dos-munic%C3%ADpios-devem-encerrar-o-ano-com-pend%C3%AAncias-no-cauc-aponta-a-cnm. Acesso em: 09 fev. 2015.

CUNHA, E. S. M., THEODORO, Hildelano Delanusse (Orgs). Desenho institucional, democracia e participação: conexões teóricas e possibilidades analíticas. Belo Horizonte: Editora D´Plácido. 2014.
GREEN, C. Mapping the field: the landscapes of governance. Flood Hazard Research Center. Middlesex University. London, 2007.

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Relatório de execução – Indicador 2: Planejamento e Gestão. Disponível em: http://www.agbpeixevivo.org.br/images/AAGB/relatorios/cg03igam/
2012/RELATORIO%20DE%20MAPEAMENTO%20E%20
ACOMPANHAMENTO012.pdf
. Acesso em 10 dez. 2014(a). Normativos legais sobre a cobrança pelo uso da água. Disponível em: http://www.igam.mg.gov.br/gestao-das-aguas/cobranca-pelo-uso-de-recursos-hidricos/1456-normativos-legais-sobre-a-cobranca-pelo-uso-da-agua. Acesso em: 19 dez. 2014(b).

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Relatório de Gestão 2013. Disponível em: http://www.agbpeixevivo.org.br/images/2014/
cg02igam/relatorios/relatorio_de_gestao_cg02igam_exercicio2013.pdf
. Acesso em: 11 dez. 2014(c).

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Relatório anual de acompanhamento das ações executadas, com recursos da cobrança pelo uso de recursos hídricos. Disponível em: http://www.agbpeixevivo.org.br/images/2014/cg02igam/relatorios/
APENDICE%20II%20%20RELATORIO%20ANUAL%20ACOMPANHAMENTO
%20DAS%20ACOES.pdf
. Acesso em: 13 dez. 2014(d).

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Cobrança pelo uso de recursos hídricos. Disponível em: http://www.igam.mg.gov.br/gestao-das-aguas/cobranca-pelo-uso-de-recursos-hidricos. Acesso em: 29 dez. 2014 (e).

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). 2º Relatório de gestão e situação dos recursos hídricos em Minas Gerais. Belo Horizonte. 2014(f).

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Cobrança pelo uso de recursos hídricos: Rio das Velhas. Disponível em:
http://portalinfohidro.igam.mg.gov.br/gestao-das-aguas/cobranca. Acesso em: 04 jan. 2015.

JOHNSSON, R. M. F., LOPES, P. D. (Orgs). Projeto Marca D’água: seguindo as mudanças na gestão das bacias hidrográficas do Brasil Caderno 1: retratos 3 x 4 das bacias pesquisadas. 2003.

KOOIMAN, J. Interactive governance and governability: an introduction. Journal of Transdisciplinary Environmental Studies. Vol. 7, nº 1, 2008.

MELLO, M. C. C., REZENDE, S. C. O Conselho Municipal de Saneamento de Belo Horizonte: desafios e possibilidades. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental. Rio de Janeiro/RJ: ABES, Vol. 19, nº 4, out-dez, 2014.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Plano Nacional de Recursos Hídricos – Prioridades 2012-2015. Brasília, 2011.

MOREIRA, M. C., SILVA, D. D., LARA, M. S., PRUSKI, F. F. Índices de conflito pelo uso da água da bacia do Ribeirão entre Ribeiros. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Volume 19, n. 1, jan/mar 2014.

MOURA, M. Â. B da; ARAÚJO, R. C. P. Custo total da água como um bem social e econômico: o caso do sistema de abastecimento do conselho da praia, ilha de Santiago-CV. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Volume 19, n. 4, out/dez 2014.

PORTO, Mônica. F. A., SILVA, R. T., BRAGA, B.P.F. Water management in Metropolitan São Paulo. Water Resources Developmet. Vol. 22; Nº 2, 337-352. June, 2006.

SEPÚLVEDA, R., LEMOS, R., SPOSITO, P., THEODORO, H. D. T. Planejamento e gestão participativos: a metodologia para início da aplicação dos recursos da cobrança pelo uso da água na bacia hidrográfica do Rio das Velhas. XIV Congresso Mundial da Água. 2011.

SWYNGEDOUW, E. Governance Innovation and the Citizen: The Janus face of governance-beyond-the-State. Urban Studies, Vol. 2, n° 11, 2005.

TORTAJADA, C. Institutions for integrated river basin management in Latin America. Water Resources Development, Vol. 17, nº 3, 289-301, 2001.

TORTAJADA, C., CASTELÁN, E. Water Management for a megacity: Mexico City Metropolitan Area. A Journal of the Human Environment. Vol 32. No 2. 2003.

THEODORO, H. D., MARQUES, D.. Análise de modelos institucionais de recursos hídricos, com foco em Minas Gerais, Brasil. Revista Sustentabilidade em Debate. V.5, n. 1, p. 117-135, jan/abr. Brasília: UnB, 2014.

THEODORO, H. D., MATOS F. Governança e recursos hídricos: experiências nacionais e internacionais. Belo Horizonte: D´Plácido, 2015.


.