Boletim Informativo nº 140 | Julho 2010

Ministra do Ambiente reforça que o aumento do preço da água é inevitável e necessário

No encerramento da quarta edição da Conferência “Aquanostra – Água e Ambiente uma Cumplicidade Conveniente”, promovida pelos Rotários da Beira Serra e que decorreu no dia 15 de Maio em Oliveira do Hospital, a Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, afirmou que “o preço da água ao consumidor vai ter que subir”, aumento que considera inevitável e imprescindível.

A Ministra do Ambiente referiu ainda que “perante a lei, os municípios podem sempre subsidiar o preço da água”, situação contemplada pela Constituição da República. Contudo, a Ministra considera que essa opção não será uma boa medida.
“Este é um tema muito polémico” disse a Ministra, referindo que a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos “já elaborou uma recomendação para calcular o preço da água com base num modelo único”.

Dulce Pássaro alertou os municípios para que “acautelem situações de especial dificuldade económica e também as famílias numerosas”, estabelecendo tarifas especiais para essas situações.

Francisco Ferreira, da Quercus, corrobora com a posição da ministra, referindo a necessidade de explicar aos portugueses que a água que consumimos é barata e que essa situação leva ao desperdício e pode tornar-se insustentável.

 

 

 

 

João Pedro Rodrigues, presidente da empresa Águas do Zêzere e Côa (AdZC), salientou a necessidade de serem criados “mecanismos de solidariedade em relação ao interior do país”, dando o exemplo da diferença entre o custo do metro cúbico de água em Lisboa (1,7 €/m3) e o custo na região abrangida por esta empresa que «ronda os 4,7€/m3.

No entanto, João Pedro Rodrigues referiu que o preço de produção de água pela AdZC «irá baixar por razões técnicas devido à diminuição do investimento em infra-estruturas».

Ainda no colóquio Dulce Pássaro falou sobre o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), afirmando que «existe algum consenso sobre ele» e que é “na globalidade muito positivo para o país”, embora apresente alguns impactos ambientais. Situações que estão a ser tidas em consideração através de mecanismos de compensação.

A Ministra referiu também a importância da criação do Programa Polis para os rios que «terá uma abordagem integrada, replicando o que foi feito para o Polis das cidades» e que, segundo afirmou, “irá permitir a requalificação de muitos cursos de água em todo o país”.

 


 

 

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