Título:
A aplicação de águas residuais depuradas em uso compatíveis no abastecimento público de água. Avaliações e perspectivas em Portugal
Resumo:
As necessidades de água nos aglomerados urbanos não têm que ser todas satisfeitas com água com a qualidade da que se destina a consumo humano; não mais de 5 L/dia, em média, por habitante são as necessidades que exigem tal água de melhor qualidade. Parte, ao menos, das necessidades específicas de água de cada habitante e a totalidade das restantes necessidades de água de um aglomerado urbano poderão ser satisfeitas com água de menor qualidade, designadamente com águas residuais depuradas. Os estudos que têm vindo a ser desenvolvidos desde 1998 até ao presente no nosso País pela empresa dos autores, em Lisboa, em sete cidades do Algarve, em cinco concelhos do distrito de Leiria e em sete concelhos da Região do Oeste, revelam que os correspondentes custos apurados a nível dos diversos usos compatíveis são menores do que os que se associam à utilização de água para consumo humano nos mesmos usos. Acresce que a parte das necessidades de água que podem ser satisfeitas com tal alternativa tem um peso relevante no contexto do total das necessidades de água a garantir, pelo que diminuirão significativamente os volumes a captar nas origens de água superficial e subterrânea e, consequentemente, os efeitos de ocorrências de secas nos abastecimento público. Os estudos atrás referidos vêm confirmar, entre nós, o que de há anos se vem apurando em diversos outros países.
Autores:
Amilcar Ambrósio, Ana Ambrósio de Sousa