Título:
AQUA SIG Cascais. Carta de sensibilidade e potencialidade da zona costeira de Cascais
Resumo:
Cascais possui cerca de 25 km de área costeira, dos quais aproximadamente 5 km são praias do concelho albergando uma zona de interesse biofísico localizada na plataforma rochosa das Avencas. Possui uma forte componente turística, combinando cerca de 340 000 turistas anuais com a forte tradição piscatória, potencialidades de aquacultura e aproveitamento da energia das ondas. Países que dependem do turismo na zona costeira, como por exemplo o Brasil, realizam vários estudos de impacto com o propósito de avaliar e proteger as regiões mais sensíveis em relação às modificações do meio ambiente, integrando posteriormente a informação num Sistema de Informação Geográfica, agilizando a execução do processamento de dados e garantindo a fiabilidade dos resultados finais obtidos (Castro et al., 2003). À semelhança do que já é aplicado noutros países, a “Carta de Sensibilidade e Potencialidade de Cascais” pretende ser um instrumento pioneiro em Portugal e contribuir para a gestão sustentável da orla costeira, baseando a sua execução numa abordagem interdisciplinar, oferecendo uma visão dinâmica das condições naturais, sociais e económicas de Cascais. Este projecto é elaborado em 3 Fases distintas. A 1ª Fase consiste na preparação de um Relatório Temático de Caracterização do Litoral compilando informação institucional e técnica. A 2ª Fase é de Diagnóstico, sendo definidas unidades territoriais homogéneas, as suas Sensibilidades e Potencialidades. Nesta fase são igualmente seleccionados indicadores que permitam avaliar a evolução dos parâmetros ambientais e realizada uma sessão pública dirigida a agentes intervenientes na área marítima e zona costeira de Cascais. Finalmente na 3ª fase é criado o Instrumento de Planeamento e Gestão em ambiente WEB-SIG, sendo definido um plano de monitorização, com índices de sensibilidade e potencialidade expeditos que permitam um fácil acompanhamento da evolução do ambiente marinho. A presente Carta possibilita uma actuação coerente e eficaz no caso de derrames de hidrocarbonetos ou de diferentes cenários decorrentes das alterações climáticas, monitorizando pontos de referência indicadores de possíveis anomalias.
Autores:
Mário Teles, Carlos Albuquerque, Ana M. Ferreira, Maria J. Faria, Andreia Barata