Ictiofauna, hidrelétricas e barragens brasileiras

Título:

Ictiofauna, hidrelétricas e barragens brasileiras

Resumo:

Apesar da importância e diversidade dos peixes brasileiros (2/3 dos peixes dos existentes) e os imensos recursos hídricos (20% da água doce mundial com a maior bacia amazônica) o que favoreceu a implantação de barragens para as várias utilizações, perfazendo cerca de 75.000 barramentos, pouco se importa com as conseqüências desta necessária intervenção hídrica. As conseqüências atingem todos os seres vivos e a ictiofauna nacional foi, e ainda o é, prejudicada pela ausência de sistemas para transposição nos barramentos. Há, quando muito, cerca de 60 escadas operacionais brasileiras, ou seja, menos de 0,1% das barragens possuem algum sistema de passagem o que é uma quantidade ínfima perante a nossa riqueza e importância da ictiofauna. O conhecimento sobre os nossos peixes, principalmente dos migradores, como rotas de locomoção, hábitos, capacidade natatória e reprodutiva, exigências ambientais, catalogação, estímulos, etc., ainda são incipientes, localizados e ausentes de seriedade científica em parte dos estudos devido, principalmente, a escassez de recursos e prazos compactos. A tecnologia internacional dos sistemas para a transposição de peixes está consolidada mas não pode ser utilizada indiscriminadamente no país sob risco do insucesso, como demonstraram as nossas experiências anteriores, as Africanas e Australianas. Nossos peixes são diferentes dos do Hemisfério Norte e precisam de passagens específicas.

Autores:

Kikuo Tamada, Sidney Lazaro Martins

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