Título:
Impacte do IC1 sobre a qualidade da água do sistema aquífero Querença – Silves (Algarve)
Resumo:
O EIA da autoestrada A2, indicava como um dos principais impactes negativos, a eventual contaminação da qualidade da água subterrânea do sistema aquífero Querença-Silves. Este sistema aquífero com uma área que ronda os 300 Km2 e, com recursos médios renováveis estimados, por Almeida et al. (2000), em cerca de 70+17 hm3/ano, é um dos mais importantes do Algarve, tanto em termos quantitativos, como qualitativos, apresentando a água ainda uma qualidade relativamente boa. Trata-se de um aquífero cársico, que apresenta em alguns locais elevada vulnerabilidade à poluição. A A2 atravessa o sistema aquífero na zona central, entre S. bartolomeu de Messines e a VLA, sendo paralela e com elevada proximidade ao IC1. Para jusante destas duas vias rodoviárias, no sentido do fluxo subterrâneo, situam-se as captações públicas do concelho de Silves, as captações que brevemente irão integrar o sistema multimunicipal de abastecimento de água, até à construção da barragem de Odelouca e numerosas captações particulares, cuja água se destina a uso doméstico. Atendendo à situação referida e à polémica levantada pelo atravessamento do aquífero Querença-Silves, pela autoestrada, a DRAOT Algarve, fez um inventário das captações de água subterrânea situadas nas proximidades do IC1, bem como dos locais de drenagem da via, nomeadamente as condições de infiltração à saída das valas de drenagem. Como se trata de um aquífero cársico, em que a recarga por infiltração directa processa-se através das formações carbonatadas aflorantes, verificou-se a presença, ou nao, deste tipo de formações à saída das valas, assim como a existência de formações cársicas nas proximidades. Foram colhidas amostras de água em Dezembro de 1998, Julho de 1999 e Maio de 2000, nas captações inventariadas.
Autores:
Edite Reis, M. Fátima Alpendurada, Conceição Gago, Leitão de Freitas