Notas sobre o controle de cheias e defesas contra a erosão em solos de xisto

José António Mira Galvão

Engenheiro Agrónomo da Estação Agraria de Beja.

Resumo | Abstract

Se no antigo Egipto eram uma benção dos deuses as cheias regulares e periódicas do Nilo cujas águas carregadas de algas redofícias e cianofícias fertilizavam os terrenos marginais que submergiam, nos climas mediterrânicos de chuvas hibernais e cursos de água torrenciais as cheias são geralmente mais um flagelo que uma benesse.

Refere-se rapidamente à irregularidade do regime pluviométrico numa bacia alentejana de solos de vermelhos de xisto. Apontam-se algumas intensidades máximas de pluviosidade registadas, mostrando que podem não corresponder a muito elevadas precipitações diárias.

Tenta-se demonstrar onde e como se inicia o processo de erosão laminar, muito mais incidiosa que a ravinosa. Indicam-se alguns exemplos de redução dos carrejos produzidos, sua retenção ‘in situ’ e consequente tentativa de domínio do transporte de sólidos. Referem-se algumas práticas correntes de sistematização fluvial absolutamente condenáveis pelo agravamento de pontas de cheia nas bacias inferiores.

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