Título:
Plano Director de saneamento da cidade de Luanda. Definição das infra-estruturas de drenagem
Resumo:
A cidade de Luanda tem sofrido um acréscimo de população muito significativo nas três últimas décadas ocorrendo problemas generalizados de insuficiência dos sistemas de drenagem, quer na zona urbana central consolidada onde se encontra instalada a maior parte das infra-estruturas de drenagem, quer nas áreas envolventes mais recentemente ocupadas onde não existem em regra sistemas de saneamento estruturados. Relativamente à problemática da escolha do tipo de sistema a considerar para a drenagem da cidade de Luanda, as entidades responsáveis, em particular o GPL, através da ELISAL, têm vindo a realizar trabalhos de investigação e de cadastro que têm permitido avaliar a situação existente do sistema de drenagem maioritariamente de tipo unitário e identificar as alternativas técnica e economicamente mais vantajosas para resolver os problemas detectados, ao nível estrutural, hidráulico e ambiental. Tendo em conta os problemas hidráulicos e ambientais identificados, considera-se como filosofia geral do Plano Director a separação progressiva da drenagem das águas pluviais da drenagem das águas residuais nas zonas da cidade de Luanda onde actualmente existe rede unitária e a construção de sistemas de tipo separativo nas zonas que venham a ser infraestruturadas. O Plano Director propõe uma reavaliação e o dimensionamento da rede de drenagem das águas pluviais para caudais de cheia associados a períodos de retorno adequados entre 2 e 10 anos conforme o tipo de ocupação e prejuízos causados. As linhas de água devem ser mantidas o mais possível no seu estado natural, ou seja, sem serem canalizadas, tendo-se previsto a sua regularização, com ampliação de secção para garantir o escoamento de caudais com períodos de retorno variáveis entre 20 e 50 anos, função da sensibilidade da zona e do maior ou menor valor da área da bacia hidrográfica.
Autores:
Carlos Lopes Gonçalves, Estrela do Rosário, Pedro Portugal