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Caros Associadas e Associados, Colegas e Amigos, A Comissão Diretiva comemora o próximo dia Nacional da Água (1 de outubro) com o lançamento do seu novo portal (ficará disponível na segunda-feira, dia 3). É o meio mais importante que a APRH utiliza para comunicar com os seus associados, divulgar as suas atividades e transmitir os conhecimentos sobre recursos hídricos. O novo portal implicou a alteração do seu suporte tecnológico, tendo sido construído para ter um novo Layout, mais moderno e apelativo, e para permitir uma navegação mais intuitiva. O portal reorganizou a informação, eliminou repetições e aumentou a informação disponibilizada, estando preparado para ser mais facilmente gerido e atualizado, para além de possibilitar a comunicação entre os sócios e a estrutura organizativa da APRH. Este incorpora o alargamento do seu glossário, abrangendo as várias áreas das Comissões Especializadas, estando aberto a atualizações contínuas tipo WIKIPÉDIA. Este sábado, dia 1, a APRH também estará representada através do Presidente do Núcleo Regional do Norte da APRH, Eduardo Vivas, em mais uma comemoração do dia Nacional da Água, na Conferência "Água Sustentabilidade e Desenvolvimento", promovida pelo Laboratório da Paisagem, Município de Guimarães e Vimágua. Ao longo dos últimos 45 anos, a APRH tem tido um papel relevante no debate das estratégias e na definição do caminho a seguir no planeamento e gestão dos recursos hídricos. Neste espírito têm sido organizados diversos debates, entre eles, relacionados com a aplicação e o desenvolvimento da Convenção de Albufeira (1998). Neste sentido, o Prof. António Gonçalves Henriques (membro da APRH e diretor da revista de Recursos Hídricos da APRH), em entrevistas à CNNPortugal e RTP (25 de setembro, dia mundial dos rios), alertou para a necessidade urgente em definir o regime de caudais ecológicos aplicados às bacias hidrográficas reguladas pela Convenção (artigo 16.º da Convenção), à semelhança do já existente no Reino de Espanha, de modo a permitir obter o equilíbrio das espécies e a manutenção da biodiversidade (o bom estado dos rios). Entretanto, no próximo dia 3 de outubro realizar-se-á a 67º reunião plenária do Conselho Nacional da Água, onde serão discutidos os Planos de Gestão de Região Hidrográfica, em participação pública até ao final de outubro de 2022, e a seca de 2022 (3 de outubro de 2022). Para este Conselho, a APRH enviou contributos sobre a seca de 2022, onde se sugerem estratégias e se alerta para a necessidade de modificar a gestão reativa versus preventiva. Considera-se, urgente promover um planeamento de gestão de seca adequado às utilizações e realidade de uma dada região, complementado por instrumentos mais específicos de âmbito local e setorial (ex. planos de contingência). A avaliação das disponibilidades hídricas apresentada pela APA refere um agravamento das situações de escassez hídrica, no entanto, não é possível analisar os dados e as metodologias consideradas na avaliação, face aos elementos colocados em consulta pública, havendo discrepâncias temporais e lacunas de informação que poderão ter influenciado os resultados da avaliação. Recordamos que estão previstas iniciativas comemorativas dos 45 anos da APRH e para os quais desafiamos os associados e simpatizantes da associação a participarem, designadamente a que ocorreu hoje, dia 30 de setembro (ÁGUA & ARQUITECTURA & MÚSICA), e a do próximas dias 10 de outubro (Zona Costeira Portuguesa: Passado, Presente e Futuro) e 18-20 outubro (IX Congresso Nacional de Rega e Drenagem). Igualmente, desafiamos os Associados individuais e coletivos da APRH para partilharem ideias/opiniões, através de notícias ou artigos de opinião (com a dimensão máxima de 1 página A4, a enviar para aprh@aprh.pt). Como habitualmente, trazemos mais notícias sobre os recursos hídricos, esperando que suscitem curiosidade e vontade de partilha de saberes. Desejamos um bom fim-de-semana! A Comissão Diretiva da APRH |
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Contributos para a gestão de situações de seca e escassez Eduardo Vivas Presidente da Comissão Diretiva do Núcleo Regional Norte da APRH. 1- Enquadramento Seca e escassez de água correspondem a problemáticas distintas, embora ambas complexas e com impactos significativos, sendo muitas vezes coexistentes e interdependentes numa dada região. As situações de seca, enquanto redução transitória das condições de precipitação, correspondem a um fenómeno natural, de origem meteorológica, que sucede com alguma regularidade. Como tal, é impossível ser evitado e os seus efeitos são tanto mais gravosos quanto mais intensa for a dependência e utilização da água na região afetada. As condições de escassez estão relacionadas com a influência humana sobre os recursos hídricos, nomeadamente com o nível de utilizações, face às disponibilidades. Porém, não existe um volume fixo de água disponível numa dada região, variando este em função das condições meteorológicas e de armazenamento, seja ele existente, ou possível; de cariz natural (ex. aquíferos), ou artificial (ex. albufeiras). Além do ciclo hidrológico natural, poderá, ainda, ser considerada a exploração de outras origens, como é o caso da dessalinização, o que dificulta a estipulação de limites de utilização. A seca e escassez de água correspondem, então, a problemáticas distintas na causa que lhes está subjacente. Não obstante, em situações como a região sul da Europa, verifica-se uma forte interdependência entre secas e escassez. De facto, numa região com problemas de escassez, a margem de segurança no abastecimento das utilizações é mais reduzida, tornando a região especialmente vulnerável à seca, por mais ligeira que seja. 2- Avaliação e gestão de secas Decorre dos pontos anteriores que, não sendo possível controlar, ou até prever, a ocorrência de situações de seca, os seus impactos podem ser mitigados, até certo ponto, através de um correto acompanhamento e definição de estratégias preventivas e de gestão previamente estipuladas. Esse aspeto será ainda mais relevante com a expectável maior frequência na ocorrência de situações severas de seca, devidas a alterações do clima. No estado do conhecimento atual, existem vários métodos de avaliação de secas, baseados em indicadores/ índices específicos. Porém, nenhum é de aplicação universal, uma vez que as escalas de classificação não atendem às características da região para previsão dos impactos expectáveis. A verificação de impactos é dependente do tipo de utilizações, das origens existentes e mesmo das características socioeconómicas da região, pelo que não é suficiente uma avaliação com base em índices em que a precipitação é a principal componente. É por esse motivo que a população que vive em maiores centros urbanos não tem perceção desses impactos. Porque os potenciais impactos não apresentam a mesma relevância para o tecido socioeconómico e porque os sistemas de distribuição existentes possuem uma maior resiliência. Como tal, a gestão de secas deverá ser enquadrada no âmbito de uma análise e gestão de risco, devidamente moldada às vulnerabilidades da região. Salienta-se como exemplo, o recurso à avaliação por índices múltiplos, ou a avaliação socioeconómica de impactos de seca1, 2, que poderão, de alguma forma, melhorar a representatividade da avaliação de seca e salientar onde, de facto, os problemas são relevantes e salientar a importância dos impactos face à economia da região. Além disso, existem, mundialmente, inúmeros exemplos de como um adequado planeamento de gestão de seca, adequado às utilizações e realidade de uma dada região, poderão ser um instrumento muito relevante na prevenção e mitigação de impactos de seca. Desde logo, poderá destacar-se, pela proximidade e relevância na gestão dos recursos hídricos nacionais, o exemplo das entidades espanholas e do trabalho que têm vindo a desenvolver ao longo das últimas duas décadas3. Importará, salientar a existência, em Portugal, desde julho de 2017, de um Plano de Prevenção, Monitorização e Contingência para Situações de Seca4. Porém, na atual situação de seca verifica-se que, pelo menos na comunicação com a população em geral, não têm sido seguidas as orientações definidas neste plano de distinção dos níveis de seca agrometeorológica e de seca hidrológica. Por outro lado, esse plano, de cariz nacional, deveria ser complementado por outros mais específicos de âmbito regional e setorial (ex. planos de contingência ao nível das entidades responsáveis por sistemas de captação e distribuição de água, i.e., para consumo humano, ou em aproveitamentos hidroagrícolas, tal como salientado nesse plano), desconhecendo-se, atualmente, o estado de desenvolvimento e de implementação dos mesmos. 3- Avaliação e gestão de escassez Ao nível da escassez, importará mencionar o estudo levado a cabo para a Agência APA, de "Avaliação das disponibilidades hídricas atuais e futuras e aplicação do Índice de Escassez WEI+", que esteve em consulta pública até ao dia 30-06-20225 e que já serviu de suporte ao 3º ciclo dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica (2022-2027). Com base nesse estudo, que foi, inclusive, alvo de apresentação e discussão, recentemente, numa sessão pública da APRH- Núcleo Regional Norte6, é possível retirar algumas conclusões relevantes para futuro, nomeadamente, ao nível das disponibilidades naturais:
Por outro lado, a quantificação do índice de Escassez WEI+- Water Exploitation Index Plus, por bacia hidrográfica, permite retirar, também no balanço entre disponibilidades e utilizações, conclusões muito preocupantes:
Estes resultados correspondem a uma alteração muito significativa dos valores anteriormente disponíveis7, no âmbito do Plano Nacional da Água, aprovado em 2016, não sendo, no entanto, possível analisar os dados e metodologias considerados neste estudo mais recente, face aos elementos disponibilizados em fase de Consulta Pública. Atendendo ao natural desfasamento temporal dos períodos de dados de base considerados e das análises propriamente ditas, poderá estar em causa, uma alteração/ atualização da metodologia de cálculo do índice. Não obstante, não será de excluir a possibilidade de, pelo menos parte desse agravamento, resultar da ação conjugada de redução das disponibilidades (atuais e futuras), com um aumento (e/ou melhor quantificação) das utilizações de água. Nesse contexto, é muito importante que a avaliação de escassez seja integrada e destacada, de forma transversal, nos diversos instrumentos de planeamento e de gestão de recursos hídricos disponíveis8. No que diz respeito a soluções, impor-se-á a consideração de medidas tanto ao nível das necessidades, mas também das disponibilidades, adequadas a cada região e aos principais setores utilizadores envolvidos. Em todo o caso, de pouco servirá essa avaliação e discussão se a mesma não for devidamente conjugada com os respetivos planos e objetivos de desenvolvimento regional. De facto, além de se avaliarem as soluções disponíveis e as respetivas implicações ambientais e económicas, deverão ser igualmente identificadas e avaliadas as consequências, ao nível do desenvolvimento e dinâmicas socioeconómicas de cada região, se as mesmas não forem adotadas. 1 - Vivas, E. (2011). Avaliação e Gestão de Situações de Seca e Escassez. Aplicação ao caso do Guadiana, Tese de Doutoramento, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2 - Vivas, E. (2014). Métodos de avaliação de secas para apoio à gestão de recursos hídricos, Revista Recursos Hídricos, Vol. 35, Nº 2,89-97, novembro de 2014. APRH, ISSN 0870-1741|DOI 10.5894/rh35n2-8 3 - Planes de gestión de sequías (miteco.gob.es) 6 - Gestão e Prevenção de Secas na Região Norte – Disponibilidades Hídricas (aprh.pt) 7 - DL_76_2016_Plano_Nacional_Agua.pdf (apambiente.pt) 8 - Planeamento e Ordenamento | Agência Portuguesa do Ambiente (apambiente.pt) ![]() No passado domingo, dia 25/09, dia Mundial dos Rios, a APRH esteve presente em direto no programa CNN domingo, da CNN Portugal, através da representação do Professor António Gonçalves Henriques, que prestou esclarecimentos sobre a atual situação de seca e o estado dos rios internacionais Portugueses. |
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Agenda APRH
![]() ![]() Da colaboração entre a APRH e a ABRHidro resulta o acesso rápido à newsletter semanal da nossa congénere Brasileira, bastando para isso clicar no link abaixo. ![]() ![]() Conferência "Água Sustentabilidade e Desenvolvimento" Para assinalar o Dia Nacional da Água, que se celebra a 1 de outubro, o Laboratório da Paisagem, o Município de Guimarães e a Vimágua organizam a conferência “Água, Sustentabilidade e Desenvolvimento”, que pretende abordar a importância da gestão sustentável da água para o desenvolvimento das cidades, assim como a necessidade de implementação de ações integradas no setor. ![]() [MERLIN] webinar 07 O seminário terá lugar no dia 3 de outubro, às 15h00. ![]() Curso "Soluções técnicas para reabilitação de sistemas de drenagem urbana (RSDU) No âmbito da Iniciativa Nacional para o Controlo de Afluências indevidas, iAFLUI, o LNEC promove o Curso "Soluções técnicas para reabilitação de sistemas de drenagem urbana (RSDU)". Este curso de formação visa proporcionar conhecimentos relativos a soluções técnicas para reabilitação de sistemas de drenagem urbana, incluindo intervenções de reparação, renovação ou substituição de componentes da rede de coletores, assim como relativos a soluções de renaturalização do ciclo da água. O curso decorrerá nos dias 12 e 13 de dezembro de 2022, em formato on-line. O link de acesso às sessões on-line será enviado aos participantes inscritos. A inscrição é feita através do preenchimento deste formulário. Para mais informações, consulte o folheto. |
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Outros eventos Mantenha-se a par dos eventos relacionados com os recursos hídricos, a nível local, nacional e internacional |
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Os milhões que correm para o mar 29 de setembro Em Portugal toda a água que é alvo de gestão, através de barragens e captações subterrâneas ou superficiais, é cerca de 20% das disponibilidades do país, mas dizem que temos de “viver com o que temos” ![]() Porto assinala Dia Nacional da Água com várias ações de sensibilização 28 de setembro ![]() Águas do Tejo Atlântico promove debate sobre estratégias e soluções para a “agua do futuro” 27 de setembro ![]() Escola do Mar dos Açores acreditada como como entidade formadora de atividade marítima 27 de setembro ![]() Agosto foi o quarto mês mais seco desde 2000 27 de setembro ![]() GROHE Lisbon Experience Center visa a mudança de comportamentos do consumo de água 26 de setembro ![]() Zoomarine é anfitrião do 30.º Congresso da EAZA 26 de setembro | |||||||||||||||||||||||||
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![]() Sustentabilidade : Algumas questões sobre arsênico e dessalinização de água do mar Aborda-se a questão do tratamento de águas para uso potável, também se buscará um enfoque na destinação adequada e/ou valorização dos resíduos de tratamento. ![]() A Associação In Loco dinamizou a 13ª edição Universidade "Pensar Global Agir Local", dedicada à temática “Água: Estratégias bipolares a Sul”. A Associação In Loco lança este ano um ciclo de cinco webinares dedicados ao debate sobre a água e procura contributos para identificação de individualidades, organizações e práticas que poderão vir a ser integradas na programação. ![]() Continente de plástico: os principais países poluidores já são conhecidos Um estudo dos plásticos contidos no “continente plástico” que flutua no meio do Oceano Pacífico permitiu identificar os principais países poluidores. ![]() Projeto aQuacer "Eficiência do uso da água na Fileira dos Cereais" O nosso país encontra-se, reconhecidamente, entre as zonas europeias com maior exposição e vulnerabilidade aos impactos das alterações climáticas. |
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