Menu:

 

 

Volume 8, Número 1 - 2008
Volume 8, Issue 1 - 2008

 

Download (142KB, PDF)

 

 

  • Abstract / Resumo
  • References / Bibliografia
  • Citations / Citações

Revista de Gestão Costeira Integrada
Volume 8, Número 1, 2008

DOI: 10.5894/rgci63
* Artigo sem revisão editorial

Editorial

J. Alveirinho Dias, Marcus Polette, J. Antunes do Carmo

A Revista de Gestão Costeira Integrada (RGCI), como revista electrónica (e-journal) que é, pretende ser uma revista virada para o futuro, explorando e beneficiando, tanto quanto possível, as novas tecnologias. A criação e reformulação dos portais português (http://www.aprh.pt/rgci) e brasileiro (http://www.gci.inf.br) da RGCI são disso exemplo.
Num mundo em mudança constante, em que as tecnologias digitais estão sujeitas a progressos substanciais e muito rápidos, há que desenvolver, de forma consistente e persistente, um esforço grande de adaptação e actualização. É o que tentamos fazer na Comissão Editorial da RGCI.
Por outro lado, as novas tecnologias, principalmente as tecnologias digitais, transformaram a nossa sociedade na “sociedade da informação”, em que esta é disponibilizada rapidamente e circula de forma extremamente ampla. As grandes revistas científicas internacionais, cujo potencial económico e organizativo lhes permitem respostas rápidas e consistentes, há já algum tempo que iniciaram o processo de contínua adaptação, do que tem resultado, em termos gerais, aumento de receitas e redução de custos. As tiragens em papel têm vindo sistematicamente a ser menores, ao mesmo tempo que o número de utilizadores / leitores tem vindo a crescer de forma impressionante, para o que muito têm contribuído, essencialmente, os contratos celebrados entre as editoras ou associações destas, as universidades e os governos. Ter acesso a determinado artigo, que há poucas décadas exigia saber o local onde existia a revista onde foi publicado e, por vezes até, percorrer longas distâncias, o que, não raro, se traduzia em investimentos significativos em tempo e dinheiro, está agora à distância de um simples clique no teclado de um computador (o que, actualmente, com o wireless, pode até ser feito no meio de uma reunião, em pleno campo ou praia no meio de trabalhos de aquisição de dados, no carro, nos transportes públicos, etc.). Da mesma forma, também a submissão de manuscritos pode, agora, ser efectuada com a mesma facilidade. É o futuro a acontecer!
Como se referiu, a RGCI quer estar nessa via do Futuro. Desde o ano passado que os artigos, assim que estão aceites para publicação e devidamente formatados, são de imediato disponibilizados no portal em versão pre-print. Reduzem-se, assim, de forma muito significativa, os tempos de divulgação da informação (o que nitidamente beneficia os autores) e de acesso à mesma (com vantagens óbvias para o leitor / utilizador).
Mas, perante as amplas possibilidades que vão sendo criadas pelas novas tecnologias, a Comissão Editorial da RGCI está, como é lógico, num estado de insatisfação permanente, tentando, de forma persistente, melhorar o aproveitamento e utilização dessas possibilidades. Assim, espera-se que ainda no decurso do corrente ano o processo de submissão de manuscritos, bem como o de avaliação, passe a ser inteiramente automático, num contexto integralmente on-line, através do portal existente. De igual forma, o esforço de adaptação e melhoramento do portal é permanente.
Na actualidade, a visibilidade de qualquer publicação na internet é absolutamente essencial. Pode já dizer-se que, em grande parte, o que não existe na internet não existe em termos práticos. Consequentemente, é importante que a RGCI esteja indexada nas principais bases de dados com cunho científico. Um passo importante nesse sentido foi dado recentemente, na sequência de contactos com a EBSCO Publishing, Inc. (via Fundação para a Ciência e Tecnologia, de Portugal), ao conseguir-se integrar a RGCI na base de dados internacional FONTE ACADEMICA.
Actualmente, os documentos publicados na internet (e-books, e-papers, e-reports) são identificados por um nome / número conhecido por DOI. A esmagadora maioria dos artigos publicados em revistas (nacionais ou internacionais) que têm versão digital disponível na internet, está identificada com um número DOI. O sistema DOI (http://www.doi.org) fornece, entre outras potencialidades, uma rede de identificação eficaz e persistente, um processo de gestão facilitada da propriedade intelectual, um método de administração de metadados, e uma forma de disponibilização e divulgação de publicações que é absolutamente notável. Todas as editoras científicas relevantes aderiram já ao sistema DOI. Actualmente, a RGCI está a analisar a questão, tentando, também ela, pesem embora as limitações financeiras, aderir a este sistema.
Todas as revistas de circulação internacional fazem um esforço grande para encurtar os tempos de publicação (ou de disponibilização on-line dos artigos), o que é fortemente constrangido pelos tempos de avaliação. Em todas as revistas, de forma geral, existem atrasos significativos imputáveis a respostas menos céleres de alguns avaliadores (referees). Estes, que desejavelmente têm elevado gabarito na comunidade científica internacional, e que, de forma abnegada e graciosa, prestam colaboração, normalmente entusiástica, a várias revistas, não podem, como é óbvio, ser submetidos a pressões excessivas. Por outro lado são, por via de regra, pessoas muito ocupadas, sendo normalmente essa intensa actividade que lhes granjeou o prestígio científico que têm. As comissões editoriais têm, consequentemente, que procurar um determinado equilíbrio entre avaliadores altamente categorizados e tempos de resposta adequados, o qual é difícil de obter. Na RGCI conseguimos que os 123 dias de duração média da avaliação registados em 2007, se reduzissem para 76 dias no 1º semestre deste ano. É uma redução extremamente significativa que é, sabemos, bastante circunstancial, mas que tentaremos consolidar nas próximas edições. No que se refere à publicação dos artigos, conseguimos também encurtar o período que medeia entre a submissão inicial e a disponibilização on-line de 112 dias para 93 dias, embora neste caso os períodos aludidos estejam também muito influenciados pelo tempo que os autores levam a reformular os manuscritos.
Com frequência, as actividades paralelas à publicação da revista em si podem revelar-se tão ou mais relevantes e úteis do que os artigos que aí são divulgados. Deste modo, paralelamente à edição da revista, iniciar-se-á, em breve, a elaboração de um Glossário / Dicionário científico sobre a Zona Costeira, o qual será desenvolvido de forma inter-activa utilizando os portais da RGCI, onde ficará disponível. Com esta acção pretende-se não só harmonizar terminologias (e significados), bem como explicitar divergências e convergências existentes nas linguagens científicas dos diferentes países onde se fala português. Solicita-se, desde já, que os investigadores (angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, moçambicanos, portugueses, sãotomenses, timorenses ...) interessados em colaborar neste ambicioso projecto contactem qualquer um dos editores da RGCI.
A Comissão Editorial da RGCI tenta prestar um serviço útil e relevante à comunidade técnico-científica de expressão portuguesa. Para tal, esforça-se para que a revista seja eficaz, dinâmica e virada para o futuro. Todavia, nunca esquecemos que a revista não é nossa; é dos autores / leitores / utilizadores. É “a” revista de gestão costeira dessa grande comunidade que é a dos países que adoptaram o português como língua sua.

 

 

em construção