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Gruta Marinha (I. sea cave)

Acidente geomorfológico costeiro resultante da erosão marinha de rochas consolidadas, que consiste num escavamento pronunciado da arriba.

Ocorrem devido a erosão diferencial, em que as ondas exploram heterogeneidades litológicas ou estruturais. Em geral, estão talhadas em rochas sedimentares, mas podem ocorrer, também, em rochas ígneas ou metamórficas, onde tendem a ser maiores devido à maior resistência litológica.

Por via de regra, as grutas iniciam-se pela formação de uma sapa na base da arriba, a qual, devido à actuação das ondas e a contrastes litológicos, se vai pronunciando progressivamente, derivando para a constituição de uma gruta.

Existem tanto no litoral actual como em linhas de costa antigas, onde testemunham, normalmente, níveis do mar diferentes do actual. As grutas marinhas têm dimensões muito variáveis: de alguns metros a algumas centenas de metros.

Os buracos sopradores costeiros correspondem a grutas parcialmente submersas mas com condutas que abrem em domínio subaéreo; quando a crista da onda entra na gruta o ar é comprimido, sendo ejectado com alguma violência através da conduta, por vezes arrastando partículas de água ou, mesmo, sedimentos. Se a conduta referida é pequena, parte da água pode sair em jacto (espichar) através da abertura da conduta. O nome de Cabo Espichel, em Portugal, deriva de aí existir um destes acidentes geomorfológicos, a “pedra de espichar”.

Devem-se distinguir as verdadeiras grutas marinhas das grutas formadas por dissolução, por exemplo, por processos cársicos, expostas devido à erosão marinha. [JAD]