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Paredão (I. seawall)

Estrutura rígida de engenharia costeira, do tipo aderente, disposta longitudinalmente em relação ao desenvolvimento da linha de costa, e que normalmente é utilizada na protecção contra a erosão costeira. Por vezes são designados também como quebra-mares aderentes.

Podem ser construídos com materiais diversificados, designadamente em betão, em madeira, com blocos de rocha (enrocamento), com gabiões, com tetrápodes ou com materiais metálicos. Os perfis transversais destas estruturas longitudinais aderentes podem ser muito diversificados. Os mais simples correspondem a simples muros verticais. Outros, no sentido de introduzir elementos dissipativos da energia da onda, são inclinados ou apresentam vários degraus. Outros, ainda, para que a energia da onda incidente seja deflectida para o mar, têm perfil transversal côncavo encurvado.

A primeira obra de protecção costeira executada em Portugal foi deste tipo. Foi construída em 1909 em Espinho, para obviar aos graves problemas de erosão costeira que aí, então, se faziam sentir. Denominada na altura por “muralha”, estava assente em estacas e tinha extensão de 354 metros. Teve vida efémera, porquanto os temporais que ocorreram em 1910 e 1911 destruíram quase por completo esta estrutura.  [JAD]

Aspecto da estrutura longitudinal aderente (paredão) construído em Espinho em 1909, após a actuação dos temporais de 1910. Reprodução de fotografia da época extraída de Teixeira, A. (1980) - As Invasões do Mar em Espinho Através dos Tempos. Espinho - Boletim Cultural, II(7): 209-248, C.M. Espinho.