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Caros Associadas e Associados, Colegas e Amigos, Os destaques desta semana dedicam-se ao artigo de opinião da autoria do Instituto Hidrográfico, intitulado “Monitorização ambiental de zonas costeiras e de transição”, e à participação da APRH no 3º Congresso Transfronteiriço de Meteorologia e Alterações Climáticas, que teve lugar em Ponte de Lima no passado dia 12 de fevereiro. A apresentação oral da APRH no 3º Congresso Transfronteiriço de Meteorologia e Alterações Climáticas, perante uma plateia de cerca de 80 participantes, abordou "Alterações climáticas na bacia do Tejo - Aprender com base nos resultados da investigação", tendo sido realçada a importância da governança colaborativa da água. Eventuais fragilidades nesta governança e na gestão integrada da água podem ser acentuadas em cenários de alterações climáticas, tanto nos aspetos de quantidade como de qualidade da água, criando vulnerabilidades para utilizações sensíveis, como o abastecimento público de água. A apresentação foi dirigida a um público diversificado, incluindo professores e alunos do agrupamento de escolas do Freixo, Ponte de Lima, tendo sido muito bem acolhida. A APRH promoveu a distribuição de centenas de materiais educativos dos projetos ECH2O ÁGUA e PANDDA pelos participantes do congresso, que serão também usados em atividades com os alunos do clube Meteo e os de Cidadania. O manual do PANDDA foi elogiado pelos participantes, que manifestaram a intenção de o divulgar junto da comunidade. Os materiais levados pela APRH até Ponte de Lima promovem novos comportamentos e usos da água pela sociedade civil. Note-se que os dados do SNIRH indicam, para janeiro de 2022, uma situação de seca na bacia do Rio Lima, com um armazenamento nas albufeiras de cerca de 17% (face ao valor médio de cerca de 62%). Com o objetivo de ir ao encontro dos interesses dos nossos Associados, integram-se notícias e temas relacionados com os recursos hídricos para leitura e reflexão. A Agenda da APRH permanece atualizada com os eventos que decorrerão este ano. Recorda-se o desafio que tem vindo a ser feito a todos os Associados Individuais e Coletivos da APRH, para partilharem ideias/opiniões através de notícias ou artigos de opinião (com a dimensão máxima de 1 página A4 a enviar para aprh@aprh.pt). Desejamos a todos um ótimo fim-de-semana! A Comissão Diretiva da APRH |
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Artigo de Opinião Monitorização ambiental de zonas costeiras e de transição A monitorização da qualidade da água em zonas costeiras e de transição é fundamental uma vez que estas águas, quando degradadas, podem ter efeitos adversos no ecossistema, nos habitats naturais, nas atividades recreativas ou em utilizações especificas como a aquacultura, pesca ou atividades culturais. Assim, toda a informação obtida no âmbito da monitorização do meio marinho proporciona um conhecimento mais profundo da interação do meio marinho com as atividades humanas e contribui para o desenvolvimento sustentável das zonas marinhas e a utilização sustentável dos seus recursos. Tendo em consideração o objetivo 14 “Proteger a Vida Marinha” da Agenda 20-30 das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável, o mapeamento e observação das variáveis físicas, químicas e biológicas, bem como a recolha de dados de poluição, são fundamentais para gerir os ecossistemas marinhos e costeiros. O Instituto Hidrográfico (IH) no âmbito das suas atividades e enquadrado no tema Observação do Oceano, conta, na sua história, com a realização de diversos programas de monitorização ambiental, onde se inclui, mais recentemente, o programa MONIAQUA, focado nas águas de transição e costeiras, e que se destina a monitorizar diversos parâmetros físico-químicos dessas águas, nomeadamente, parâmetros clássicos como pH, temperatura, oxigénio dissolvido, matéria particulada em suspensão e nutrientes, mas também parâmetros que mesmo em baixas concentrações são considerados poluentes como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), policlorobifenilos (PCBs), pesticidas e metais pesados. É de referir ainda a monitorização dos microplásticos, poluentes preocupantes no ambiente aquático, em particular no ambiente marinho, uma vez que são bioacumuladores e biomagnificados ao longo da cadeia trófica, sendo passíveis de fenómenos de sorção de várias substâncias como os metais pesados, e de transporte de poluentes prioritários, tais como os PAHs e PCBs, para o ambiente aquático. A qualidade dos resultados analíticos obtidos é fundamental, pelo que em 2010 o IH avançou para a acreditação dos métodos de ensaio, estando desde 2017 com mais de 50 métodos de ensaios acreditados, o que significa uma garantia da qualidade dos resultados das suas análises. Ainda no âmbito da qualidade dos resultados é de referir que o IH é desde 2019, Instituto Designado na área da química e para os parâmetros sílica em água do mar e mercúrio em sedimentos, ou seja, é laboratório de referência a nível nacional no âmbito do BIPM (Bureau International des Poids et Mesures) para os parâmetros referidos. Em termos do contributo para a monitorização do meio marinho das águas costeiras e de transição é de referir que durante cerca de 30 anos o IH efetuou colheitas periódicas de águas, sedimentos e organismos concentradores de contaminantes em quatro áreas de águas de transição da costa portuguesa expostas a ação antropogénica e que contribuem para a poluição marinha. Este trabalho permitiu estabelecer padrões de qualidade dos sistemas ambientais no tempo e no espaço, estabelecer situações de referência para comparação futura e para planeamento ambiental de longo prazo, avaliar eventuais descargas de poluentes devido a acidentes, avaliar a eficiência dos sistemas de controlo de descargas de efluentes e avaliar tempos de residência de poluentes nos sistemas água, sedimento e seres vivos. Os dados recolhidos e analisados foram utilizados no relatório do estado da qualidade de 2000 da OSPAR e constituem um dos maiores repositórios nacionais de parâmetros químicos do ambiente marinho em termos temporais. Um exemplo da análise de dados é apresentado na Figura 1 para o parâmetro NOx (Nitrato + nitrito) em quatro sistemas estuarinos da costa portuguesa. Os resultados obtidos são apresentados em termos de valores médios para o período em análise (25 anos). Pode-se desde logo verificar que, de um modo geral, existe um gradiente de concentrações que diminui de montante para jusante nos diversos estuários representados. Pode-se também referir que, com a exceção da Ria Formosa, áreas mais confinadas apresentam valores mais elevados de NOx. Tal comportamento deve-se à conjunção de dois fatores: o primeiro deles, natural, que é a hidromorfologia das referidas zonas; o segundo, causado por ação antropogénica, de origem mais industrial nuns casos (p.e., estação a norte na ria de Aveiro) e de origem principalmente agrícola (p.e., estação a este no estuário do rio Sado). ![]() Figura 1 – Concentração de NOx na Ria de Aveiro, estuários dos rios Tejo e Sado e Ria Formosa, representada em termos de valores médios para o período 1985-2010. No âmbito de águas costeiras, os programas de monitorização que envolvam parâmetros relacionados com a avaliação da qualidade ambiental têm sido realizados de forma mais esporádica devido ao elevado número de recursos, humanos e materiais, que tais programas comportam. No entanto, trabalhos recentes (por exemplo, no âmbito do Projeto AQUIMAR, coordenado pelo IH), têm permitido ampliar o conhecimento nesta área. Na Figura 2 pode-se verificar a distribuição espacial dos nutrientes NOx e PO4 (fosfato) observados em outubro de 2018 a diversas profundidades. Neste caso, nota-se um aumento marcado na concentração destes nutrientes à medida que a profundidade aumenta. Este é o comportamento típico observado e que está relacionado com o consumo – natural – de nutrientes nas camadas superiores, nutrientes estes que vão sendo repostos por massas de água provenientes de maiores profundidades e, em determinadas condições, a partir de massas de água provenientes do oceano aberto e que se deslocam para a costa. ![]() Figura 2 – Distribuição espacial de NOx e PO4 em diversas áreas da Plataforma Continental Portuguesa. |
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Agenda APRH
![]() Participação da APRH no 3ºCongresso Transfronteiriço de Meteorologia e Alterações Climáticas A APRH foi convidada para participar, no passado dia 12 de fevereiro, no 3ºCongresso Transfronteiriço de Meteorologia e Alterações Climáticas que teve lugar em Ponte de Lima. A apresentação oral, perante uma plateia de cerca de 80 participantes, abordou "Alterações climáticas na bacia do Tejo - Aprender com base nos resultados da investigação", tendo sido realçada a importância da governança colaborativa da água. Eventuais fragilidades nesta governança e na gestão integrada da água podem ser acentuadas em cenários de alterações climáticas, tanto nos aspetos de quantidade como de qualidade da água, criando vulnerabilidades para utilizações sensíveis, como o abastecimento público de água. A apresentação foi dirigida a um público diversificado, incluindo professores e alunos do agrupamento de escolas do Freixo, tendo sido muito bem acolhida. Houve ainda a oportunidade de levar várias centenas de materiais educativos dos projetos ECH20Água e PANDDA, os quais foram distribuídos pelos participantes do congresso. Serão também usadas em atividades com os alunos do clube Meteo e os de Cidadania. Estes últimos serão convidados a fazer um Desafio PANDDA! ![]() ![]() ![]() Uma das participantes do Congresso, formadora de profissão, tendo a oportunidade de ler o manual do PANDDA, comentando que este estava muito apelativo e bem escrito e que o iria divulgar. Para a APRH foi um privilégio deslocar-se ao Minho e poder contribuir para este encontro. Os materiais levados até Ponte de Lima promovem novos comportamentos e usos da água pela sociedade civil. Note-se que os dados do SNIRH indicam, para janeiro de 2022, uma situação de seca na bacia do Rio Lima, com um armazenamento nas albufeiras de cerca de 17% (face ao valor médio de cerca de 62%). ![]() 9º Fórum Mundial da Água vem aí! Fique por dentro de tudo e de como participar Evento acontecerá de 21 a 26 de março, exclusivamente em formato presencial, e você vai ficar sabendo de tudo através do site do Consórcio PCJ (www.agua.org.br) |
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Outros eventos Mantenha-se a par dos eventos relacionados com os recursos hídricos, a nível local, nacional e internacional |
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![]() Eventos climáticos custaram 288 mil milhões euros em 2021, revela estudo 17 de fevereiro ![]() Concurso “Água Jovem” desafia estudantes do Algarve a serem criativos 17 de fevereiro ![]() ANP|WWF: One Ocean Summit abre caminho para uma ação efetiva à proteção dos Oceanos 15 de fevereiro Entrevista Renascença/Ecclesia “Água é um bem precioso que temos de consumir o menos possível” 13 de fevereiro Filipe Duarte Santos diz que o país está no caminho certo das energias renováveis, mas faltam “medidas estruturais” para enfrentar os efeitos das alterações climáticas, como a seca. Para o investigador, que preside ao Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS), não pode haver preconceitos em relação a projetos como a reciclagem das águas residuais urbanas. Acha que a energia nuclear “não se justifica” em Portugal e aplaude o Papa por ter incomodado “todos os interesses dos combustíveis fósseis do mundo”. ![]() Marcelo pede que não se esqueça os oceanos por causa de crises conjunturais 11 de fevereiro ![]() EPAL inicia “Reabilitação e Ampliação do Sistema de Alenquer IV” 11 de fevereiro ![]() #Opinião: “Emergência Climática – Ontem já era tarde” 10 de fevereiro | |||||||||||||||||||||||||
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![]() PRÉMIOS VERDES VISÃO + Grupo Águas de Portugal Os Prémios Verdes VISÃO + Grupo Águas de Portugal destinam-se a premiar as pessoas individuais, empresas e organizações que mais se destacam em Portugal na área do ambiente. ![]() Prémio Regional de Empreendedorismo Alentejo Azul - candidaturas abertas até 20 de Fevereiro Estão abertas as candidaturas até 20 de fevereiro para o 1º Prémio Regional de Empreendedorismo Alentejo Azul, lançado pelo Sines Tecnopolo e pela Agência Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL). O prémio será atribuído ao empreendedor, empresa ou instituição que se encontre em qualquer parte do país e seja capaz de apresentar a melhor ideia de negócio na área do mar e dos recursos hídricos do Alentejo. O vencedor ganha um serviço de consultoria para alavancar o negócio e um prémio de 2.500 euros. |
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