A participação das centrais hidreléctricas no programa energético do Brasil (Enfoque Histórico das P

Título:

A participação das centrais hidreléctricas no programa energético do Brasil (Enfoque Histórico das P

Resumo:

Em fins do século passado, mais precisamente em 1889, o Brasil colocava seu nome definitivamente na história mundial da energia eléctrica ao inaugurar um Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, a primeira Usina Hidrelétrica de carácter público na América Latina. Naquele ano, no dia 7 de Setembro, às 21 horas, entrava em funcionamento a ‘Usina Hidrelétrica Bernardo Mascarenhas’, também denominada ‘Usina de Marmelo’, que deu início à Companhia Mineira de Eletricidade. Anteriormente, em 1883, portanto seis anos antes, uma muito pequena usina, de carácter privado, em ponto isolado no Estado, no município de Diamantina, havia começado a gerar eletricidade. Era a ‘Usina de Ribeirão do Inferno’, construída nesse afluente do Rio Jequitinhonha, realmente a primeira usina hidrelétrica do Brasil. Era, porém, usina de pouco significado, não só por seu porte muito reduzido, mas também pelo facto de não visar o atendimento público. A Usina de Marmelo, realmente foi a primeira a funcionar para atendimento público e iluminação de ruas, sendo considerada como a que deu origem a todo o sistema hidrelétrico brasileiro, por isso também chamada de ‘USINA ZERO’. A central, construída nas cabeceiras do Rio Paraibuna, no local denominado Cachoeira de Marmelo, a 6 km ao sul de Juiz de Fora, tinha potância instalada de 340 HP ou 250 KW. A pequena usina de Diamantina, situada na Cachoeira do Inferno, tinha apenas 12 HP. Hoje, decorridos exatamente 98 anos da inauguração da ‘Usina Zero’, o Brasil coloca-se como um dos maiores construtores de Usinas Hidrelétricas do mundo. Os exemplos são notáveis: Três Marias, Furnas, Jupiá, Ilha Solteira, Sobradinho, Salto Osório, Paulo Afonso, Tucuruí e … Itaipú, a maior hidrelétrica do mundo. Para os próximos anos projecta-se o início da construção do complexo Hidrelétrico de Xingu, cuja potência instalada será de 17 milhões de KW, com as usinas de Babaquara e Kararão. O País dispõe de um potencial hidrelétrico hoje estimado em 220 milhões de KW, com apenas 18% aproveitados, que correspondem a 40 milhões de KW. As estimativas para as pequenas centrais, com potência até 10.000 KW, situam-se na faixa de mais 10% em relação áquele valor, ou seja, de 20 a 25 milhões de KW. Com isto o potencial aproveitável do país pode atingir 240-250 milhões de KW.

Autores:

José Mauro Osório de Paiva

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