Águas sulfúreas na faixa piritosa alentejana

Título:

Águas sulfúreas na faixa piritosa alentejana

Resumo:

Há na região de Mértola (Baixo Alentejo) 9 zonas onde a água subterrânea possui H2S. A sulfuração, expressa em H2S, chega a 1,6 mg/L. Fora disso têm temperaturas de emergência normais, assim como a restante composição química não destoa das características das águas subterrâneas da região, designadamente um TSD>1 g/L. Distribuem-se por uma área aproximada de 450 Km2, inserida na ‘Faixa Piritosa Alentejana’, ramo da chamada ‘Faixa Piritosa Ibérica’, e formam uma pequena província hidrogeoquímica sem paralelo no território português. Considerando o ambiente geoquímico e ambiental estranha-se a presença de gás sulfídrico em tantos pontos de água e tão afastados uns dos outros. A possibilidade do gás resultar de um processo bioquímico (intervenção de bactérias redutoras do sulfato dissolvido na água) parece nula, porque não existem os nutrientes necessários para sustentar um processo desse tipo, assim como é improvável a redução do sulfato por processo totalmente inorgânico. Assim, não se rejeita a hipótese de ser h2S juvenil, e ter a mesma fonte que se admite para as águas sulfúreas alcalinas do Maciço de Monchique e de El Manzano, esta já em Espanha, na região de Huelva (Andaluzia).

Autores:

Carlos Calado, António Chambel

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