Algumas considerações sobre as cheias do Tejo em Portugal e a influência das albufeiras em Espanha

Título:

Algumas considerações sobre as cheias do Tejo em Portugal e a influência das albufeiras em Espanha

Resumo:

Em menos de 15 anos (de 1978 a 1990) o Tejo sofreu quatro grandes cheias que alagaram a região a jusante de Santarém até ao estuário, comprometendo o acesso aos terrenos destinados à EXPO 98. Procurou-se, aquando da cheia de 1990, desdramatizar a situação com a inclusão, na quantificação probabilística, do registo do nível das águas de seis outras grandes cheias desde 1875 – o que dava períodos de retorno experimentais médios para o alagamento da planície de cheia superiores a 10 anos. Este procedimento, contudo, é espúrio pois admite, entre outras coisas inaceitáveis, a variação de níveis no rio como um processo estacionário, quando é sabido que em muitas das secções de medição existem alterações significativas da geometria, isto para al+em da alteração do regime hidrológico com a exploração das albufeiras espanholas que têm por fim, não o controlo de cheias, mas antes a maximização do potencial hidroleéctrico. A este artigo são trazidas algumas informações para reflexão, de modo ao problema das cheias nos rios internacionais – e no Tejo em particular – poderem ser devidamente apreciadas. Após a descrição da influência da ampliação da capacidade de armazenamento em Espanha nos escoamentos anuais em Portugal, são referidas as principais características das cheias presentemente sentidas no rio Tejo a jusante de Santarém.

Autores:

Rui Raposo Rodrigues

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