Título:
Capacidade de resposta dos aproveitamentos hidroagrícolas à evolução das tecnologias de rega
Resumo:
Os sistemas de infraestruturas hidráulicas de grande parte dos aproveitamentos hidroagrícolas projectados e construídos em Portugal obedeceram a uma concepção de comando por montande. Em nenhum dos empreendimentos executados, a ocupação com culturas regadas atingiu os níveis para que inicialmente estavam projectados. Tal facto deveu-se a um conjunto integrado de factores, onde se contam o deficiente apoio tecnológico por parte dos organísmos responsáveis pela extensão rural, incapacidade dos agricultores, habituados ao sequeiro, em se adptarem ao regadio e de efectuarem os investimentos a ele associados e a rigidez de concepção dos sistemas que condiciona à partida o método de rega e os sistemas e técnicas culturais. Tem-se verificado que a amioria dos aproveitamentos não é capaz de dar resposta à evolução da tecnologia da rega devido à falta de elesticidade dos sistemas e à forma como são explorados. O enquadramento institucional e orgânico a que têm estado submetidos os órgãos de exploração e conservação não se têm revelado o mais adequado e tem contribuído para acentuar quer a rigidez introduzina pelo projecto quer as dificuldades acima referidas. No artigo apresentam-se algumas sugestões metodológicas, decorrentes de anélise efectuada, para a execução de novos projectos e para a reabilitação e modernização dos existentes.
Autores:
António Terrão Russo, Pedro Cunha Serra