Disponibilidade e qualidade das águas residuais tratadas para rega no Algarve

Título:

Disponibilidade e qualidade das águas residuais tratadas para rega no Algarve

Resumo:

Na região do Algarve, a má qualidade das águas subterrâneas associada à sua escassez nas épocas mais quentes; leva-nos a crer que a reutilização de águas residuais poderá ser encarada como uma alternativa na resolução desses problemas pelos quais se debatem os agricultores da região. Com este trabalho procuramos investigar o potencial de reutilização das águas residuais na rega agrícola no Algarve. Para o qual foi efectuado um levantamento das ETAR existentes e previstas na região, avaliados os caudais disponíveis e previstos para o ano 2000, e estudada a influência que os sistemas de rega têm na contaminação do solo, das plantas e do ambiente. Tendo-se concluido que a localização das unidades de tratamento relativamente à localização dos terrenos de adução de águas residuais tratadas representa um factor determinante para a reutilização. Num futuro próximo, no ano 2000, as águas residuais poderão satisfazer cerca de 29 % das necessidades de rega. Em paralelo, foi efectuado o estudo dos efluentes finais tratados em três ETAR representativas de três situações distintas na região do Algarve: o interior, o litoral e os centros urbanos. Concluíu-se que: 1) Nas zonas de maior potencial agrícola do interior, existe uma grande dificuldade de reutilizar as águas residuais tratadas; 2) No litoral, a ocupação habitacional e turística favorece a rega, com águas residuais tratadas, de jardins e golfes; 3) Nos centro urbanos, a reutilização só será possível em jardins e espaços verdes, devido ao distanciamento das zonas agrícolas.

Autores:

Pedro Gamito, Ana Arsénio

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