Estudo dos recursos hídricos subterrâneos do Alentejo (ERHSA) – Contribuição da Universidade de Évor

Título:

Estudo dos recursos hídricos subterrâneos do Alentejo (ERHSA) – Contribuição da Universidade de Évor

Resumo:

O Projecto “Estudo dos Recursos Hídricos Subterrâneos do Alentejo (ERHSA)”, coordenado pela Comissão de Coordenação da Região do Alentejo (CCRA) engloba, na sua elaboração, quatro entidades: a Universidade de Évora (UE), o Instituto da Água (IA), o Instituto Geológico e Mineiro (IGM) e a Direcção Regional do Ambiente do Alentejo (DRA – Alentejo). A Universidade de Évora e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), através do seu Departamento de Geologia, desenvolvem trabalho conjunto, no âmbito de protocolo próprio. Este Projecto envolve o estudo hidrogeológico de todo o Alentejo e desenvolve-se entre o último trimestre de 1996 e o final de 1999. A área definida exclusivamente para investigação por parte da UE corresponde basicamente às zonas de rochas de porosidade dupla do Maciço Hercínico Ibérico, com excepção das rochas carbonatadas. Engloba-se também o estudo de algumas formações sedimentares de cobertura de reduzida espessura que existem nalguns pontos do Alentejo. A investigação desenvolvida permite confirmar que as águas subterrâneas das formações da Zona Sul Portuguesa (ZSP), pelo menos as situadas a norte da Formação de Mira, têm mineralização muito acentuada. Outras áreas qualitativamente problemáticas poderão ser os limites da bacia do Rio Tejo, a noroeste e norte do Alentejo. Também os xistos e rochas vulcânicas associadas da Zona de Ossa-Morena (ZOM) apresentam mineralização mais acentuada do que a generalidade das rochas ígneas ou de outras rochas metamórficas da região. Em relação às rochas com características ígneas mais marcadas, englobando os gnaisses, a mineralização das águas é relativamente diminuta, principalmente quando algum relevo está presente (caso da região de Portalegre). Apenas nas zonas mais aplanadas surgem, provavelmente por aumento do tempo de residência, águas com características mais salobras (caso dos gnaisses da região de Évora). Do ponto de vista quantitativo, foram já identificadas algumas zonas com captações debitando caudais significativos para este tipo de rochas (acima de 5 l/s), em áreas com alguma extensão e que poderão vir a ter um interesse fundamental como reserva estratégica.

Autores:

António Chambel, Jorge Duque

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