ESTUDO ISOTÓPICO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA REGIÃO DE BEJA

Título:

ESTUDO ISOTÓPICO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA REGIÃO DE BEJA

Resumo:

Apresentam-se os resultados dos estudos isotópicos em dezenas de origens de água
subterrânea na região rural envolvente de Beja entre 2004 e 2006, correspondente ao sector central do
Sistema Aquífero dos Gabros de Beja.
Foram analisados isótopos ambientais estáveis de Oxigénio-18 (δ18O), Deutério (δ2H) e Trítio
(3H) na água subterrânea e na água da chuva. De forma inédita em Portugal, realizou-se o estudo do
teor em Azoto-15 (δ15N) e δ18O das moléculas de nitrato (NO3) da água subterrânea no sentido de
compreender a contribuição relativa das diversas origens de Azoto para a contaminação difusa
(antrópica e natural).
Relativamente à água da chuva (1988-1991), os valores medidos situam-se entre
– 48o/oo < δ2H < -1,3o/oo, com os valores mais frequentes em redor de - 30o/oo. O isótopo de oxigénio δ18O, situa-se entre -10 o/oo e 0,5 o/oo, com os valores mais frequentes em redor de - 5 o/oo. Relativamente ao 3H situa-se entre 1,7 e 16,6 UT, com os valores mais frequentes (mediana) no intervalo de 4,1 a 5,7 UT. Na água subterrânea, os isótopos de δ18O situam-se entre -3,9o/oo a + 0,9o/oo. Os valores mais frequentes situam-se em redor de -3,0o/oo. Relativamente ao δ2H, os valores medidos situam-se entre 36o/oo e -2,6o/oo, com os valores mais frequentes em redor de -23o/oo. O 3H situa-se entre 2,7 + 0,6 UT e 6,4 + 0,7 UT, com valores mais frequentes em redor de 4 + 0,7 UT. Os isótopos de azoto δ15N(NO3) para as águas subterrâneas situam-se entre +3 o/oo e +26o/oo e relativamente aos isótopos de δ18O(NO3) variam entre -8,2o/oo a + 10o/oo.

Autores:

Eduardo A. Paralta, Luís T. RIBEIRO

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