Título:
Modelação e simulação de aquíferos no Médio Oriente
Resumo:
No âmbito do planeamento e gestão dos recursos hídricos é cada vez mais importante o papel dos modelos matemáticos de simulação do escoamento subterrâneo. Um dos resultados mais importantes que se pode obter com esta técnica é a previsão do comportamento futuro dos aquíferos quando submetidos a planos de exploração. Pretende-se transmitir, em linhas gerais, a experiência desenvolvida pela PARTEX-CPS nesta área e, particularmente, no Estudo de Simulação de Aquíferos que realizou no Médio Oriente para uma companhia operadora em concessões para a exploração petrolífera. O estudo abrange uma área vasta de 282×262 Km2 e visou medelar matematicamente o comportamento de três aquíferos que se pretendiam utilizar para injecção de água nos campos petrolíferos para efeitos de manutenção da pressão. O modelo matemático de simulação utilizado funciona a uma fase e a três dimensões, utiliza o processo de cálculo em diferenças finitas e o algoritmo (‘Strongly Implicit Procedure’). Uma das características inovadoras foi a inclusão de uma subrotina WIP (‘Well Inflow Performance’) que efectua automaticamente a correcção para os níveis piezométricos calculados, tendo em conta os caudais extraídos e o tipo de equipamento instalado. O simulador revela-se uma ferramenta de grande utilidade para o estudo, mesmo a nível regional, do funcionamento de qualquer sistema aquífero, permitindo também efectuar análises de sensibilidade, incluindo a optimização da localização a dar a futuros poços de extracção e ainda prever o comportamento futuro dos sistemas aquíferos face aos planos de exploração existentes. O modelo foi calibrado com base na historia da produção, desde o início de 1970 ao fim de 1982, obtendo-se uma descrição razoável das condições de produção dos aquíferos. Isto forneceu a base para a previsão da resposta futura dos aquíferos ao longo de um período de 33 anos, até ao fim do ano 2015, de acordo com os cenários de produção propostos.
Autores:
Luís Tavares Ribeiro, Isidro Dias, Costa e Silva