O Estuário do Tejo e o seu porto

Luís Moreira Lobo

* Engenheiro Civil – Administração-Geral do Porto de Lisboa

Resumo | Abstract

Os portos que, para além de acesso franco e seguro, dispõem de águas profundas e, na imediata contiguidade destas, de amplos terraplenos, estão em boas condições para a fixação de indústrias em relação às quais sejam essenciais economias de escala no transporte marítimo de grandes massas.

O porto de Lisboa, que nasceu e cresceu ao longo da margem norte do estuário, encontra-se sujeito ao estrangulamento provocado pela Cidade e pelo caminho de ferro do Estoril, não podendo aí facilmente realizar a sua expansão. Na margem sul do mesmo estuário há, porém, condições muito favoráveis para essa expansão, em especial na península do Montijo e na zona Trafaria-Bugio.

Nesta última zona está já em construção um grande terminal cerealeiro e em projecto um terminal para contentores, estudando a administração portuária, também para essa zona, a implantação de um terminal para o tráfego de carvão.

A prestação, pelo porto de Lisboa, de serviços de trânsito no âmbito do transporte marítimo internacional deve ser estimulado como forma de contribuir decisivamente para o crescimento económico do País.

Após uma breve descrição do estuário e da barra do Tejo e de uma referência ao projecto do canal Tejo-Sado, é apresentada uma sumária descrição das instalações do porto de Lisboa e do seu tráfego, com especial destaque para o desenvolvimento da contentorização.

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