Os fenómenos de seca e o abastecimento público no Alentejo – acções em curso e perspectivas futuras

Título:

Os fenómenos de seca e o abastecimento público no Alentejo – acções em curso e perspectivas futuras

Resumo:

A última seca grave observada no Alentejo terminou após o verão de 1995, com restrições severas na distribuição de água às populações em vários municípios, tais como Serpa (apenas 2 ou 3 horas de abastecimento por dia) e Beja. Estas situações resultam principalmente de: – Grandes rebaixamentos observados nos furos de captação, que se traduzem em períodos de funcionamento cada vez menores; – Diminuição dos volumes de água armazenados nas principais albufeiras que constituem origens de abastecimento público, conduzindo a situações graves de degradação da qualidade, devido a fenómenos de eutrofização. Para minimizar os efeitos destes fenómenos, importa aproveitar todas as estruturas naturais (aquíferos) ou artificiais (barragens) susceptíveis de armazenar água, de modo a poder ser utilizada nesses períodos de escassez e adoptar diversas acções minimizadoras, que se reflictam nos seguintes aspectos: a) Melhoria da eficiência dos sistemas de captação, adução e distribuição de água; b) Diversificação das origens de água destinada ao abastecimento público; c) Definir e implementar zonas de protecção das captações destinadas ao abastecimento público; d) Monitorizar os aquíferos explorados e as captações de abastecimento público, no que respeita a níveis piezométricos e a caudais de extracção; e) Reduzir as quantidades de contaminantes nas áreas de recarga de aquíferos e, simultaneamente, intensificar a sua exploração de forma a fazer baixar a concentração de nitratos na água subterrânea por diluição; f) Avaliar a viabilidade de implementação de sistemas de abastecimento com origens mistas.

Autores:

André Matoso, Alice Fialho, Augusto Marques da Costa

Cookies
Este site usa cookies para melhor a sua experiência online.