Os solos do aproveitamento do Alqueva

Alfredo Cluny

Engenheiro Agrónomo da Direcção-Geral dos Recursos e Aproveitamentos
Hidráulicos

Resumo | Abstract

Nas Cartas de Capacidade de Uso do Solo seleccionou-se zonas a ser beneficiadas pelo regadio. A zona situada no Alto Alentejo e constituindo os Aproveitamentos de Frei Joaquim, do Dejebe e Monte Seixo, dos Campos de Évora e dos Campos de Mira, totaliza 54 790 ha, nos quais a Classe A ocupa 14,3%, a Classe B ocupa 30,7%, a Classe C ocupa 51,5% e a Classe D ocupa 3,5%. A zona constituindo os aproveitamentos de Odivelas (3a parte), Sta Vitória, Alcaria e S. Matias situa-se no Baixo Alentejo e totaliza 87 980 ha, estando a Classe A representada por 22,3%, a Classe B por 31,5%, a Classe C por 40,7% e a Classe D por 5,5%. No Baixo Alentejo apresenta-se também o Aproveitamento Mombeja – Baleizão com uma área total de 39 150 ha, estando a Classe A representada por 37,8%, a Classe B por 35,5%, a Classe C por 23,5% e a Classe D por 3,2%.

O Aproveitamento do Ardila, igualmente situado no Baixo Alentejo, e já estudado em pormenor, apresenta uma área total de 30 000 ha, tendo as Classes de Aptidão ao Regadio as seguintes representações: Classe I-3,4% Classe II – 75,1%, Classe III – 16,8% e Classe IV – 4,7%. Serão integrados no Aproveitamento do Alqueva mais 12 890 ha de terrenos que constituem os Aproveitamentos de Odivelas (1a e 2a partes), Rôxo (1a parte) e Divôr, todos em exploração.

Com a realização do Aproveitamento do Alqueva possibilita-se, assim, a rega de 224 810 ha e promove-se, além do enxugo dos solos que dele carecem, a conservação do solo, mediante trabalhos de sistematização, sem o que esse património irá sendo rapidamente degradado.

Cookies
Este site usa cookies para melhor a sua experiência online.