Restruturação das redes de monitorização. I – Aspectos metodológicos

Título:

Restruturação das redes de monitorização. I – Aspectos metodológicos

Resumo:

As redes de monitorização de recursos hídricos são “entidades vivas” no sentido em que a sua configuração em cada momento é um reflexo do grau de conhecimento desses mesmos recursos ou, melhor ainda, do compromisso dos objectivos da monitorização com os custos associados à sua instalação e manutenção. No domínio dos objectivos de monitorização de recursos hídricos, Portugal acompanhou as diversas fases evolutivas da comunidade científica: da medição de parâmetros meteorológicos para a fixação de normais climatológicas em observatórios nas principais capitais de distrito, desde meados do século XIX, à medição do transporte sólido nos principais rios da península Ibérica, na década de 70, passando pela hidrometria que, se no início do século, tinha como principal objectivo o planeamento hidroeléctrico, hoje tem, junto com a medição de parâmetros de qualidade da água, uma forte componente ambiental. Existem presentemente novas pressões e necessidades a nível da monitorização, tais como o conhecimento em tempo real, a monitorização dos afluxos vindos de Espanha, a intensificação da monitorização de zonas modificadas e de situações hidrológicas pristinas, a necessidade de cumprimento de normativo comunitário, que urgia contemplar nas redes de monitorização portuguesas. A par destas condicionantes havia ainda a necessidade de libertar a instalação de uma estação de medição da dependência de fixação humana nas proximidades, que o mesmo será dizer, necessidade de automatização das estações de monitorização. Desta forma, ainda que introduzindo um novo parâmetro (autonomia e sua fiabilibilidade) obvia-se o problema da credibilidade do dado obtido mediante leitura humana. No presente artigo é feita a descrição dos principais aspectos metodológicos tidos em consideração na restruturação das redes de monitorização do INAG-DRA’s, que vão ao encontro das mais recentes preocupações no domínio da monitorização de recursos hídricos, complementando ainda algumas falhas de monitorização do passado.

Autores:

Felisbina Quadrado, Fernanda Gomes, Ana Rita Lopes, Maria Teresa Pimenta, Maria João Santos, Rui Rodrigues, Manuel Lacerda, Maria Teresa Álvares, António C armona Rodrigues

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