Uma nova disciplina da hidrogeologia estocástica: A hidrogeologia geostatística

Título:

Uma nova disciplina da hidrogeologia estocástica: A hidrogeologia geostatística

Resumo:

A especificidade dos métodos geoestatísticos nas aplicações hidrogeológicas, relativamente a outras metodologias estocásticas, justifica a existência de um corpo independente da Hidrogeologia Estocástica que pode ser baptizado como Hidrogeologia Geoestatística. Este trabalho pretende integrar o conjunto das técnicas geoestatísticas numa metodologia para a caracterização quantitativa dos sistemas hidrológicos. As potencialidades de cada uma das técnicas geoestatísticas são provadas em cada uma das aplicações hidrogeológicas, seja no campo da detecção de estruturas e heterogeneidade (análise variográfica), seja na quantificação da incerteza envolvida nas estimações (krigagem), seja na representação da variabilidade espacial, por meio da produção de diversas imagens da realidade hidrogeológica (simulação condicional). A metodologia geoestatística actua sobre o conjunto de dados hidrogeológicos, habitualmente disponíveis em estudos deste tipo, isto é, espessura, piezometria e transmissividade ou as suas associadas, adaptando-se quanto possível à especificidade desses estudos (por ex. exiguidade de informação), e proporcionando um conjunto de respostas para os problemas práticos mais frequentes (por ex. optimização de redes de controlo piezométrico). Os sistemas hidrogeológicos, tanto podem ser observados como albufeiras subterrâneas, ou como sistemas integrados no ciclo hidrológico regidos pelas leis físicas do escoamento, podendo os respectivos recursos hídricos serem avaliados por métodos geoestatísticos. A metodologia aqui apresentada permite ainda a articulação dos modelos geoestatísticos com os determinísticos de modo a analisar, de forma mais completa, o fenómeno hidrogeológic, avaliando por exemplo a influência da variabilidade dos parâmetros hidrogeológicos na variabilidade das diferentes componentes hídricas de um aquífero. Todas estas técnicas são aplicadas a dois casos reais: O Sistema Aquífero das Matas Nacionais e o Sistema Hidrogeológico Miopliocénico do Tejo e do Sado

Autores:

Luís Tavares Ribeiro

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