A optimização de recursos nas acções de segurança de barragens

Título:

A optimização de recursos nas acções de segurança de barragens

Resumo:

Um conceito básico de engenharia civil é a impossibilidade de atingir a segurança a 100%. Só se pode aspirar a obter determinados níveis de segurança, os quais se pretendem altos e que se pretendem análogos em todos os casos em que estejam envolvidas vidas humanas. Este ‘plafond’ é imposto, essencialmente, por razões económicas (existência de lomites ao custo de cada obra e aos meios humanos e materiais que podem se disponibilizados para as tarefas de segurança. Obviamente, há que aplicar este conceito à segurança de barragens, mais especificamente à segurança de barragens na fase de exploração, que é a fase versada nesta comunicação. Note-se, desde já, que o número de barragens que podem pôr problemas de segurança é um número colossal. O primeiro passo a realizar é verificar dentro do lote total de barragens quais as que representam um maior risco, pois estas devem ser as prioritariamente intervencionadas. Salienta-se que a vulnerabilidade do vale a jusante também precisa de ser estabelecida. Tanto a avaliação do risco do sistema barragem-vale a jusante como o estabelecimento das medidas podem ser prescritas após a realização de visitas de inspecção, que se pretendem curtas e objectivas. Uma vez inventariados os sistemas em risco, há que diminuir este risco, o que pode passar pela implementação de medidad prioritárias e urgentes que são geralmente, dispendiosas e de execução relativamente demorada. Existem no entanto medidas (medidas imediatas) que, de uma maneira económica, se prestam a uma execução rápida e desburocratizada, permitindo aumentar rapidamente o nível de segurança das populações relativamente aos riscos originados pela existência de barragens. Desta forma, a presente comunicação apresenta uma metodologia expedita para classificar o risco associado a uma barragem e outra para avaliar qualitativamente os riscos no vale a jusante. Por outro lado, inventaria, de uma forma sistemática, as actividades a realizar para inspecções de segurança, apresentando-se ainda uma lista de medidas imediatas e económicas que se podem implementar de uma forma relativamente rápida e desburocratizada.

Autores:

Teresa Viseu, Rui Martins

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